Devido à elevada procura por parte dos fãs, os concertos dos Arde Bogotá em Portugal serão realizados em salas de maior capacidade. O espetáculo em Lisboa passa do Lisboa ao Vivo para o Sagres Campo Pequeno, e o concerto no Porto muda do Hard Club para a Super Bock Arena.
Esta alteração surge na sequência do esgotamento rápido dos bilhetes para os concertos inicialmente anunciados, permitindo assim que mais fãs possam assistir às atuações da banda espanhola, uma das mais aclamadas do momento.
Em Cartagena, uma cidade mais acostumada ao murmúrio do mar do que ao estrondo de guitarras distorcidas, irrompe uma banda de rock&roll. Formada por Antonio García (voz e guitarra), Pepe Esteban (baixo), Jota Mercader (bateria) e Dani Sánchez (guitarra), a banda não veio para seguir regras, mas para reescrevê-las.
Em 2020, enquanto o mundo parava, eles aceleravam. O seu primeiro EP, El tiempo y la actitud (Sony Music, 2020), foi um sucesso precoce. Com letras intensas, energia crua e uma estética sombria mas próxima, o grupo começou a forjar um som hoje imediatamente reconhecível: rock com alma, com sangue, com poesia.
Um ano depois lançam o seu primeiro álbum, La noche (Sony Music, 2021), e com ele, fez-se a luz. O disco foi um sucesso estrondoso, entrando diretamente nas listas de vendas e conquistando rapidamente o disco de ouro.
Considerado por muitos meios como um dos melhores álbuns do ano, La noche apresenta-se como uma obra conceptual sobre a juventude, a raiva, o desejo e o vazio deixado pela busca constante de sentido. A sua digressão por toda a Espanha esgotou em todas as cidades, transformando cada concerto numa cerimónia coletiva de catarse elétrica.
Mas o que parecia o clímax era apenas o começo. Em 2023 lançam o seu segundo álbum, Cowboys de la A3 (Sony Music, 2023), e a chama acende-se. Duplo Disco de Platina e número um em vendas.
Nesta epopeia moderna sobre as esperanças e contradições de uma geração presa entre autoestradas, ecrãs e sonhos, a viagem transforma-se no destino. O álbum é uma mistura arrebatadora de rock alternativo, lirismo épico e produção brilhante. A sua maturidade musical foi celebrada com entusiasmo pela crítica, e o público respondeu com paixão: bilhetes esgotados em salas e festivais de toda a Espanha e América Latina.
Esta evolução e a força do projeto permitiram-lhes colaborar com artistas como Enrique Bunbury (La Salvación) ou Dani Fernández (Sin vergüenza), além de produtores como Carlos Raya, Alizz ou Lalo Gómez-Vizcaíno.
Os reconhecimentos chegaram cedo: Prémio Ondas 2023 (Fenómeno Musical), nomeações para os Latin Grammy 2023 (Melhor Álbum de Rock e Melhor Canção Rock), 2 Prémios Odeón 2024 (Melhor Canção Rock e Artista Revelação Rock) e 6 Prémios da Academia da Música Espanhola 2024 (Artista, Álbum, Canção, Álbum Rock, Novo Artista e Melhor Canção Rock). Também receberam outros galardões como Cartageneros del Año 2023, o Prémio Palomas do Turismo 2025 da Região de Múrcia e o mais recente Castillete de Ouro 2025, máximo reconhecimento do Festival do Cante de las Minas de La Unión.
Os seus concertos são verdadeiras cerimónias de rock contemporâneo, e a prova disso são os mais de 150 espetáculos realizados até hoje, assim como as suas memoráveis atuações em festivais como Mad Cool, Sonorama Ribera ou em digressões pelos EUA e América Latina em festivais como Vive Latino, Lollapalooza ou Estéreo Picnic.
Arde Bogotá não é apenas uma banda; é a voz daqueles que se recusam a render-se, daqueles que ainda acreditam no poder da arte para despertar. As suas canções refletem a incerteza, a beleza do caos, o desejo de fugir, mas também a esperança de encontrar algo — ou alguém — no fim do caminho. As suas letras não procuram dar lições; são um sentimento partilhado, um ombro onde se apoiar.
Cada riff, cada verso, cada explosão em palco é uma declaração: o rock está mais vivo do que nunca, e eles continuarão a prová-lo.

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