O Festival de Fado reafirma o seu compromisso com Marrocos depois de uma ausência obrigatória devido à pandemia, mantém intacta a sua vontade de divulgar a língua e a cultura portuguesas e estará presente em Rabat no dia 10 de novembro no Théâtre National Mohammed V e em Casablanca no 12 e 13 de novembro no Studio des Arts Vivants.

O género musical português é considerado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, e ao longo das últimas décadas tem vindo a crescer em popularidade em todo o mundo, conquistando cada vez mais públicos e ajudando a divulgar a cultura e a marca de Portugal a partir das suas melodias.

O Festival de Fado é um festival internacional, promovido pela iniciativa privada, que este ano termina 11 anos com 17 cidades espalhadas pela Europa, América Latina, África e Ásia. Todos os anos, os artistas em concerto realizam uma missão de divulgação da língua e da cultura portuguesas.

Nesta edição que o Festival dedica a “Lisboa”, epicentro e fonte inesgotável de fadistas desde os seus primórdios, reúne Sara Correia e Buba Espinho, com Maura Airez e Ferdaous, para três noites inesquecíveis.

Cinema e conferência: atividades paralelas

Embora o prato mais forte do evento se centre nos concertos de fado, o festival é muito mais do que música e não é esquecido por outras expressões artísticas que nos mostram diferentes visões do género músical e da cultura portuguesa em todo o mundo.

Nesse sentido, o festival deste ano é acompanhado por atividades totalmente gratuitas. Esta é a exibição do documentário Lisbon Story, de Wim Wenders e da conferência em Lisboa, o berço do Fado, a cargo de Tiago Torres de Silva, que se realiza no Studio des Arts Vivants nos dias 12 e 13 de novembro.

BUBA ESPINHO

De Beja partiu para Lisboa, com passagem  pelas mais icónicas casas de Fado da cidade, do Faia a Casa de Linhares, do Clube de Fado à Adega Machado, e daqui para os principais palcos nacionais, com marcantes atuações no Festival NOS Alive, no Coliseu de Lisboa, Coliseu do Porto, Casa da Música, CCB, Ovibeja, e muitos mais. Para além de Portugal, Buba Espinho, trilha ainda uma carreira que se prevê também de sucesso internacional, passando já por países como Inglaterra, Timor, Canadá, Espanha, Austria, Suíça, França. 2020 é o ano que traz o seu primeiro disco de estúdio, e a difícil harmonia entre a juventude e a tradição, entre o interior e o litoral, o legado de gerações da música de raíz portuguesa com a coragem e determinação de arriscar e inovar.

MAURA AIREZ
Maura, apenas com 22 anos, tendo começado a cantar aos 15, a música sempre esteve presente na sua vida. Desde cedo lhe foi incutido o gosto pelo fado e outros géneros musicais, pois o seu avô nasceu e cresceu no bairro da Mouraria. 2016 foi o ano em que foi considerada a grande revelação do fado com uma atuação no palco principal do Festival Caixa alfama em homenagem à Beatriz da Conceição. Desde então, actuando praticamente todos os dias na casa de fados mais prestigiada de Lisboa “O Faia”, participou em vários festivais tais como Nós Alive no Palco Edp Fado Café e festival de fado de Marrocos (Rabat) com Carminho e Luís guerreiro. Em 2018 deu o seu primeiro espectáculo a solo no pequeno auditório do CCB e em 2021 editou o seu primeiro álbum “21MAURA”.

FERDAOUS
A emoção é o principal elemento que domina na música de Ferdaous. A cantora, também autora e compositora, natural de Meknes, mescla as influências da canção clássica árabe trazendo-lhe renovação e modernidade.

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